Autor: Aquilino Ribeiro
Edição: Bertrand / 2016
Estado: Novo
Preço: 15 euros
«Um Escritor Confessa-se foi escrito em 1960, e esteve para ser publicado em 1961, mas Aquilino «entendeu prudente adiar a publicação até uma altura em que o gado não andasse tão mosqueiro» – são palavras de seu filho, Aquilino Ribeiro Machado, no preâmbulo aos inéditos -, razão pela qual a obra deveio póstuma. No seu estilo tão característico, nestas páginas mais cosmopolita que regionalista, Aquilino passa em revista os anos da infância e juventude rebelde: o conceito jansenista da vida sacerdotal, a Lisboa finissecular, a estúrdia boémia, rituais carbonários, mistérios da Alta Venda, a burundanga das cadeias civis, os interrogatórios da polícia, as fugas da prisão, o Regicídio, a violência nefanda, catilinárias contra a Casa de Bragança, recordações de Paris, evocações da primeira mulher, etc. Pudessem todos os escritores ter tanto para contar. Num artigo famoso, publicado na morte de Aquilino, Jorge de Sena disse que ele era «um escritor [criado] à custa da realidade.» Este livro ajuda a conferir.»